Acompanhe uma entrevista com um profissional autônomo, formado em Direito.
Você lembra qual motivo ou qual momento da sua vida decidiu escolher cursar Direito?
Entrevistado: Desde a minha adolescência, percebi que tinha uma forte inclinação para defender causas justas e ajudar as pessoas a resolverem conflitos. Esse sentimento ficou ainda mais claro quando participei de um programa de debates durante o ensino médio. Refleti muito sobre como gostei de formar argumentação e defender pontos de vista e acredito que foi ali que tomei a decisão, mesmo sem compreender completamente, de seguir uma carreira no campo jurídico, e acredito que fazer a diferença na vida das pessoas é o que realmente me motiva a continuar nesse caminho.
Qual a sua opinião sobre a universidade em que estudou?
Entrevistado: Neste ponto gosto de omitir qual a minha universidade, mas adianto que foi uma instituição particular. Minha posição é diante a possibilidade de realizar críticas com mais liberdade. A minha universidade foi uma instituição de ensino superior incrível, que me proporcionou uma formação acadêmica sólida e completa em Direito. Os professores eram altamente capacitados e experientes, o que tornava as aulas extremamente enriquecedoras. Após formado, fiquei sabendo que parte do corpo docente, principalmente os professores mais experientes e com maior capacitação foram sendo desligados, o motivo era contenção de custos, pois recebiam os maiores salários. Não tenho conhecimento dos novos professores que entraram, mas fiquei extremamente decepcionado por esta decisão visando a maximização do lucro, sem pensar na qualidade do curso. Então meus elogios para a instituição foram somente diante a época que estudei, não posso garantir a qualidade de ensino atualmente.
Qual a sua perspectiva para o mercado de trabalho e as oportunidades em Direito?
Entrevistado: Atualmente, vejo que o mercado jurídico é altamente competitivo, especialmente nas grandes cidades. No entanto, acredito que a demanda por serviços jurídicos continua crescendo em várias áreas, o que abre oportunidades para profissionais dedicados e especializados. Além das carreiras mais tradicionais em escritórios de advocacia, tenho percebido um aumento na procura por consultores jurídicos em empresas, principalmente em setores como direito ambiental, tecnologia e direito digital, que estão em constante desenvolvimento e evolução. Outro ponto que destaco é a procura por profissionais qualificados, o mercado de trabalho em direito está bastante inchado, muitas universidades particulares foram abertas e os profissionais são encontrados com abundância. Desta forma, ratifico a importância da prova da OAB, para garantir um nível de qualidade mínimo para o jovem profissional.
Qual área em Direito chama mais atenção?
Entrevistado: Quando se trata da área do Direito que mais me atrai, tenho uma forte inclinação pelo Direito da Família. Desde o início da minha formação acadêmica, percebi o quão delicadas e complexas são as questões relacionadas à família e ao direito familiar. Lidar com casos que envolvem relações conjugais, divórcios, guarda de crianças e questões patrimoniais é uma responsabilidade imensa, mas também uma oportunidade única de impactar positivamente a vida das pessoas.
O Direito da Família permite que eu auxilie os clientes em momentos cruciais de suas vidas, quando estão enfrentando situações emocionalmente desafiadoras. É gratificante poder oferecer suporte legal, orientação e buscar soluções que considerem o bem-estar das crianças e a proteção dos direitos de cada membro da família envolvido. Acredito que uma abordagem empática e sensível é essencial nesse ramo do Direito, pois muitas vezes é necessário equilibrar as questões legais com as dinâmicas emocionais envolvidas.
Ao atuar no Direito da Família, tenho a oportunidade de contribuir para a construção de acordos justos e duradouros que ajudam a estabelecer bases sólidas para o futuro das famílias. Além disso, esse campo de atuação está em constante evolução, com novas questões legais surgindo à medida que a sociedade se transforma. Acompanhar essas mudanças e estar atualizado é um desafio que me motiva constantemente a aprimorar meus conhecimentos e habilidades como profissional. Sobre a evolução no direito da família, tenho como exemplo a paternidade socioafetiva. Ela se refere à relação entre pais e filhos que se desenvolve com base no afeto, cuidado e convivência, independentemente de laços biológicos formais. Essa forma de paternidade reconhece que o vínculo emocional e psicológico estabelecido entre um adulto e uma criança pode ser tão relevante e valioso quanto o vínculo biológico.